sábado, 12 de fevereiro de 2011

As duas mães

Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei e puseram-se perante ele. E disse-lhe uma das mulheres. Ah, senhor meu, eu e esta mulher moramos numa mesma casa; eu tive um filho, morando com ela naquela casa. E sucedeu que, ao terceiro dia depois de meu parto, também esta mulher teve um filho. Estávamos juntas; estranho nenhum estava conosco na casa, senão nós duas.
E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. E levantou-se à meia-noite e tirou meu filho de meu lado, dormindo a tua serva, e o deitou no seu seio, e a seu filho morto deitou no meu seio. E, levantando-me pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis q estava morto; mas atentando para ele, eis que não era o filho que eu havia tido.
Então disse a outra mulher: "Não, mas o vivo é meu filho e teu filho o morto". Porém esta lhe disse: "Nao, por certo; o morto é teu filho e meu filho o vivo". Assim falaram perante o rei.
Então disse o rei: "Esta diz: "Este que vive é meu filho, e teu filho o morto", e esta outra diz: "Não, por certo; o morto é teu filho e meu filho o vivo". Disse mais o rei: "Trazei-me uma espada".
E trouxeram uma espada diante do rei. E disse o rei: "Dividi em duas partes o menino vivo, e dai metade a uma e metade a outra".
Mas a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei( porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho) e disse: " Ah, meu senhor, dai-lhes o menino vivo e por modo algum mateis". Porém a outra dizia: "Nem teu, nem meu seja; dividi-o antes".
Então respondeu o rei: " Dai a esta o menino vivo e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe".
E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei e temeu ao rei; porque viram que havia nela a sabedoria de Deus, para fazer justiça.

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